Publicado em: 02/04/2025
Fonte: Casa Branca
Em um movimento que promete acirrar as tensões no comércio global, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (2) a imposição de tarifas "recíprocas" sobre produtos importados de diversos países, incluindo o Brasil. A medida, que Trump batizou de "Dia da Libertação", visa, segundo ele, trazer empregos e fábricas de volta aos Estados Unidos.
O Brasil, juntamente com outros países, foi incluído em uma lista que prevê tarifas de 10% sobre seus produtos. Trump justificou a medida alegando que os Estados Unidos têm sido "muito gentis" e que as tarifas cobradas por outros países são superiores às americanas. Ao todo, cerca de 60 países sofrerão as tarifas extras mais duras. Um funcionário da Casa Branca afirmou, antes do anúncio, que as tarifas foram personalizadas para cada país, com números foram calculados usando metodologias bem estabelecidas.
O anúncio de Trump é considerado o passo mais agressivo do presidente em direção a uma possível guerra comercial global. As tarifas, que entram em vigor no sábado (5), afetarão todos os países que mantêm relações comerciais com os Estados Unidos.
O governo brasileiro, que já previa um cenário desfavorável, se prepara para o impacto das tarifas. O Senado aprovou um projeto de lei que autoriza o governo a retaliar comercialmente países que impõem barreiras discriminatórias contra produtos brasileiros.
Economistas alertam que a medida de Trump pode gerar inflação nos Estados Unidos, já que as empresas tendem a repassar os custos extras aos consumidores. Além disso, a imposição de tarifas pode prejudicar as relações com outros países.
Trump já havia imposto tarifas sobre produtos da China, aço e alumínio de diversos países, e adiado tarifas sobre produtos do Canadá e México. O Brasil, um dos maiores fornecedores de aço para os Estados Unidos, será diretamente afetado pelas novas tarifas.