A série "Adolescência" da Netflix trouxe à tona um debate importante sobre a comunicação digital entre jovens e adultos, revelando como emojis aparentemente inofensivos podem esconder significados complexos e, por vezes, perturbadores. A produção destaca a importância de pais e educadores estarem atentos a essa linguagem, que pode indicar desde questões de gênero até ideologias extremistas.
Emojis e a "Machoesfera":
A série explora como a "machoesfera", um universo online com fóruns e vídeos que promovem misoginia e masculinidade tóxica, utiliza emojis para disseminar suas ideias. Alguns exemplos notáveis são:
- Pílula vermelha (): Referência ao filme "Matrix", simboliza o "despertar" para a suposta "verdade" sobre as relações de gênero, uma visão distorcida e misógina.
- 100 (): Ligado à teoria 80/20, que afirma que 80% das mulheres se sentem atraídas apenas por 20% dos homens, reforçando a ideia de que as mulheres são superficiais e manipuláveis.
- Dinamite (): Representa a explosão da "pílula vermelha", ou seja, a radicalização e o ódio contra as mulheres.
- Feijão (🫘): Usado de forma pejorativa para se referir às mulheres, com origem em memes que as depreciam.
Além da "Machoesfera":
A série também aborda como emojis aparentemente inofensivos podem ter conotações sexuais ou relacionadas a drogas, um alerta para pais e educadores sobre a importância de monitorar a comunicação online dos jovens. Alguns exemplos incluem:
- Beringela (), cachorro-quente (), banana () e milho (): Usados para se referir ao órgão sexual masculino.
- Flor (), taco (), sushi () e gato (): Usados para se referir ao órgão sexual feminino.
- Plantas (, ☘, ), cavalo (), boneco de neve (⛄), diamante (), doce () e corações de cores diferentes (❤, , ): Usados para se referir a drogas.
Um Alerta Necessário:
"Adolescência" serve como um alerta sobre os perigos da comunicação online e a necessidade de diálogo aberto entre jovens e adultos. A série destaca a importância de entender a linguagem dos emojis e estar atento aos seus possíveis significados ocultos, para proteger os jovens de ideologias extremistas e situações de risco.