Publicado em: 25/04/2025
A busca por praticidade capilar se transformou em um pesadelo para a consultora comercial Adrielly Silva, de 32 anos, residente em Fortaleza. Após submeter-se a um procedimento de alisamento capilar, ela sofreu uma grave reação adversa às substâncias químicas presentes no produto, necessitando de uma semana de internação, a maior parte do tempo em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e passando por hemodiálise. Adrielly recebeu alta apenas na última segunda-feira (21 de abril).
Segundo o relato de Adrielly ao G1, a decisão de alisar os cabelos novamente, após oito anos, visava facilitar sua rotina durante viagens profissionais. "Eu passei 8 anos sem alisar o cabelo. Por eu tá trabalhando viajando, pra facilitar meu dia a dia com o cabelo, resolvi alisar novamente. Uma amiga me indicou o salão e eu fui", relembra.
O desconforto começou durante o próprio procedimento no salão, com uma intensa ardência no couro cabeludo. Ao iniciar a etapa da prancha, Adrielly sentiu náuseas e chegou a vomitar, atribuindo o mal-estar, inicialmente, à alimentação.
No entanto, as horas seguintes trouxeram dores nas costas lancinantes.
Mesmo com as dores, Adrielly embarcou para São Paulo no dia 10 de abril. O agravamento do quadro a fez retornar a Fortaleza no dia 13, seguindo diretamente do aeroporto para o hospital, onde recebeu o diagnóstico chocante de insuficiência renal severa.
A causa da emergência médica foi rapidamente identificada pelo nefrologista responsável. Ao notar a descamação dos fios de cabelo de Adrielly, o médico questionou sobre procedimentos químicos recentes, associando imediatamente o quadro ao alisamento capilar.
Após o diagnóstico crítico, Adrielly permaneceu internada por sete longos dias, lutando pela recuperação na UTI e dependendo de três sessões de hemodiálise para manter as funções renais. Felizmente, recebeu alta no dia 21 de abril, mas seguirá sob rigoroso acompanhamento médico para monitorar a recuperação da função renal.
Intoxicação por Ácido Glioxílico Suspeita de Causar Falência Renal:
De acordo com o boletim médico, a principal suspeita para a insuficiência renal de Adrielly é uma intoxicação por ácido glioxílico. Essa substância tem ganhado popularidade em procedimentos capilares como alternativa ao formol, que teve seu uso proibido pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
É crucial ressaltar que o uso do ácido glioxílico não é regulamentado pela Anvisa, e sua utilização pode acarretar sérios efeitos adversos à saúde. O caso de Adrielly serve como um alerta grave sobre os riscos de procedimentos capilares com substâncias químicas não regulamentadas, reforçando a importância de buscar profissionais qualificados e produtos seguros para evitar consequências trágicas.