Ela desafia o etarismo e prova que longevidade e liderança andam juntos ao 85 anos

Aos 85 anos, ela desafia o etarismo e prova que longevidade e liderança andam juntos

Em um mercado que frequentemente descarta profissionais após os 50 anos, Rosa Alba Bernhoeft, fundadora da Alba Consultoria, é a prova viva de que experiência e inovação não têm prazo de validade. Aos 85 anos, ela continua à frente do negócio que criou há cinco décadas, desafiando estereótipos e inspirando uma nova geração a repensar o conceito de envelhecimento no mundo corporativo.

"A vida não acaba aos 50" – a filosofia que desafia o preconceito etário
“A idade é só um número. O que importa é como você usa o tempo que possui”, afirma Rosa, que transformou seu inconformismo em combustível para uma trajetória marcada por quebras de paradigmas. Nascida no Peru e radicada no Brasil, ela fundou a Alba Consultoria em 1974, desenvolvendo metodologias pioneiras em gestão de carreiras e competências. Seu Sistema SEE, utilizado por empresas como Renner, Bradesco e Samsung, é um legado de sua visão à frente do tempo.

Do zero ao internacional: uma jornada marcada por resiliência e propósito
Chegando ao Brasil sem recursos, mas com uma bagagem repleta de experiências em cooperativas para famílias carentes, Rosa fundou uma das primeiras ONGs voltadas a mulheres em vulnerabilidade no país. “Minha motivação sempre foi não ter medo do novo”, diz. Essa mentalidade a levou a criar soluções personalizadas para empresas na América Latina, EUA e Europa, provando que inovação não é exclusividade da juventude.

Os três pilares que mantêm uma empresa relevante por 50 anos
Rosa atribui sua longevidade no mercado a três princípios:

1. 
   

   Entender as reais necessidades das pessoas – “Qual é a dor do meu cliente e como ela se conecta ao seu objetivo maior?”

   
   


2. 
   

   Soluções sob medida, nunca prontas – “Cada organização exige um projeto único.”

   
   


3. 
   

   Prosperidade compartilhada – “Conhecimento só tem valor quando é multiplicado.”

   
   

Combate ao preconceito: uma batalha constante
Ainda que sua expertise seja incontestável, Rosa enfrenta resistência. “Já fui julgada por ser mulher, indígena, baixa… mas nunca deixei que isso me definisse”, relata. Em um mercado majoritariamente masculino (80% de sua clientela), ela usa sua identidade como força, não como limitação. “Troco experiências com meus netos para me manter atualizada. Envelhecer não é sinônimo de estagnação.”

Legado e futuro: democratizando o conhecimento
Com planos de expandir seu alcance através de livros, podcasts e palestras, Rosa quer provar que a maturidade traz oportunidades, não aposentadoria. “Sou feliz com meus 85 anos e quero inspirar outros a verem que a vida só ganha mais significado com o tempo.” Sua história não é apenas sobre sucesso empresarial – é um manifesto contra a cultura do descarte profissional e um convite para que sociedade e mercado reconheçam o valor da longevidade com propósito.