Publicado em: 17/04/2025
Em um depoimento gravado em vídeo na noite de terça-feira (15), Eduarda de Oliveira, de 22 anos, confessou à polícia em Novo Lino, Alagoas, ter asfixiado sua filha recém-nascida utilizando uma almofada. A confissão, obtida pela TV Gazeta, revelou detalhes chocantes do crime.
Segundo seu relato, após sufocar a bebê no sofá da sala com uma almofada e um lençol, Eduarda enrolou o corpo em sacos plásticos e o escondeu dentro de um armário, junto a materiais de limpeza. Em suas próprias palavras, ela descreveu o momento terrível: "Ela ficou chorando um pouquinho. Levei ela para o sofá e sufoquei com a almofada da sala. Eu botei ela no sofá e peguei a almofada e botei [no rosto da filha]. No sofá da sala. Foi a almofada e o lençol".
Inicialmente, Eduarda havia alegado que a filha havia se engasgado durante a amamentação. No entanto, durante um depoimento de aproximadamente 18 minutos na Delegacia Regional de Novo Lino, ela admitiu o crime, detalhando o momento em que amamentou a filha antes de asfixiá-la.
A mãe também descreveu como tentou ocultar o corpo da criança: "Depois, eu peguei um saco grande que tinha comprando as coisas do enxoval e coloquei ela". Eduarda relatou ter sentido remorso após esconder o corpo, passando a noite sem dormir e chegando a verificar o armário, na vã esperança de que a filha ainda estivesse viva. O corpo da bebê foi posteriormente encontrado no local indicado por ela.
Em seu depoimento, Eduarda afirmou ter agido sozinha e que seu marido, que estava trabalhando em São Paulo, só soube dos fatos após sua confissão ao advogado. "Ele estava em São Paulo, ele não sabia de nada. Eu contei quando o advogado ficou dizendo pra que eu falasse a verdade", declarou.
Na audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (16), a Justiça decretou a prisão preventiva de Eduarda, determinando que ela realize tratamento psiquiátrico durante o período de detenção.
A confissão de Eduarda pôs fim a uma busca que se iniciou após seu relato de que a filha, Ana Beatriz, estava desaparecida desde sexta-feira (11). Inicialmente, ela alegou um sequestro na BR-101. Contudo, a polícia começou a suspeitar de sua versão devido a relatos de testemunhas e imagens de câmeras de segurança que a contradiziam. Vizinhos também informaram ter ouvido a bebê chorar pela última vez na quinta-feira anterior ao suposto sequestro. As buscas realizadas pela polícia e bombeiros na área próxima à residência da família não encontraram a criança antes da chocante confissão da mãe.