Publicado em: 15/04/2025
Foto: Divulgação/PCPI
A Polícia Civil do Piauí (PCPI), através da sua Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), deflagrou uma operação que culminou na prisão de um homem em Fortaleza (CE) nesta terça-feira (15). O indivíduo é apontado como o mentor de um sofisticado esquema de golpes financeiros orquestrado através de plataformas de investimento online, deixando um rastro de prejuízos milionários em diversos estados do país.
A lábia do suspeito teceu uma teia de ilusão que engabelou investidores no Piauí, Ceará, Bahia, São Paulo e Santa Catarina. A promessa de retornos financeiros estratosféricos, muito acima da realidade do mercado, era o anzol que atraía as vítimas. Para dar verniz de credibilidade ao seu engodo, o golpista não poupava artifícios: enviava extratos bancários falsificados, infiltrava-se ativamente em grupos de investidores e ostentava um vocabulário técnico rebuscado, tudo para pintar um cenário de lucros fáceis e rápidos.
"Ele criava um universo paralelo de ganhos financeiros irreais – 10%, 20% ao mês. Para reforçar a farsa, ele se mostrava ao lado de figuras conhecidas no cenário nacional de investimento", revelou o delegado Humberto Mácola, titular da DRCI, expondo a estratégia ardilosa do criminoso.
A operação policial não se limitou à prisão em Fortaleza. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados ao suspeito em São Paulo (SP) e Salvador (BA). Na capital baiana, a companheira do golpista também foi detida. Segundo a polícia, ela tinha pleno conhecimento do esquema fraudulento e responderá criminalmente ao lado do parceiro.
De acordo com as investigações, o dinheiro "investido" pelas vítimas nunca chegou a ser aplicado em nenhuma modalidade financeira. O castelo de cartas desabou, deixando um rastro de prejuízos significativos para inúmeras pessoas que acreditaram na promessa de enriquecimento fácil.
O delegado Humberto Mácola detalhou o destino do dinheiro desviado: "Parte dos valores subtraídos foi utilizada na compra de veículos de luxo, viagens internacionais, artigos de grife e outras despesas pessoais que destoavam completamente da renda declarada pelos envolvidos".