Nocaute nas Facções: Operação Desarticula Comando Vermelho e GDE em Fortaleza e Maracanaú

Foto: PCCE

A manhã desta terça-feira (22) marcou um duro golpe contra o crime organizado no Ceará. Uma operação coordenada pela Polícia Civil, batizada de "Nocaute", desferiu um ataque certeiro contra as facções rivais Comando Vermelho (CV) e Guardiões do Estado (GDE), resultando na prisão de 12 de seus membros entre Fortaleza e Maracanaú.

As equipes da Polícia Civil cumpriram rigorosamente os mandados judiciais, alcançando oito integrantes do CV e quatro do GDE. A investigação revelou que dois dos alvos já se encontravam detidos no sistema penitenciário cearense, ampliando o alcance da operação.

Entre os detidos, a Polícia Civil identificou três mulheres com um papel ativo no esquema criminoso, prestando auxílio crucial aos seus maridos no intrincado comércio de drogas. No epicentro da ação, Francisco Jean Carlos Oliveira Sales, apontado como o líder influente do Comando Vermelho na Vila União, em Fortaleza, foi capturado. Em sua residência, a polícia encontrou evidências do tráfico, resultando em sua autuação em flagrante.

O impacto da "Operação Nocaute" não se limitou às prisões. As autoridades apreenderam diversos aparelhos celulares, ferramentas essenciais para a comunicação e coordenação das atividades ilícitas, além de substâncias entorpecentes. Os indivíduos detidos agora respondem por uma série de crimes graves, que incluem tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo e, crucialmente, a participação em organização criminosa.

A ofensiva financeira contra as facções também foi um componente chave da operação. A Justiça determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 5 milhões das contas dos investigados, com uma média de R$ 250 mil bloqueados de cada um, visando asfixiar economicamente as estruturas do crime organizado.

A Polícia Civil do Ceará mobilizou uma força-tarefa munida de 21 mandados de busca e apreensão e 20 mandados de prisão preventiva para executar a "Operação Nocaute". Os presos foram encaminhados à Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), onde permanecerão à disposição da Justiça para os procedimentos legais cabíveis.

A investigação que culminou nesta significativa operação teve início ainda em 2023, demandando um trabalho meticuloso e estratégico das forças de segurança. A grande maioria dos alvos possuía um extenso histórico criminal, sublinhando a reincidência e a complexidade do enfrentamento ao crime organizado.

A "Operação Nocaute" demonstra a integração das forças de segurança estaduais com as iniciativas nacionais, inserindo-se no contexto da Rede Nacional de Unidades Especializadas no Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renocrim), coordenada pelo Ministério da Justiça. Este esforço conjunto sinaliza um compromisso contínuo no combate incisivo às facções que atuam no estado do Ceará.