Publicado em: 06/05/2025
Anvisa mantém proibição da venda do creme dental Colgate Total Clean Mint
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou a interdição definitiva do creme dental Colgate Total Clean Mint após a fabricante retirar o recurso que buscava reverter a decisão inicial de 27 de março. A medida proíbe a exposição e comercialização do produto em todo o território nacional, mantendo em vigor a suspensão determinada após relatos de reações adversas como inchaço labial e inflamações bucais em consumidores.
Colgate colabora com investigações, mas defende segurança do produto
A retirada do recurso pela Colgate foi interpretada como uma medida de cooperação com as autoridades sanitárias para agilizar as análises técnicas. A empresa mantém sua posição de que o creme dental atende a todos os padrões regulatórios de segurança, porém reconhece a necessidade de investigar caso a caso os relatos de efeitos indesejados. A Anvisa esclarece que não determinou o recolhimento das prateleiras, mas sim a imediata interrupção das vendas.
Fluoreto de estanho na mira das investigações
Especialistas apontam que o fluoreto de estanho, componente ativo presente na fórmula do produto e amplamente reconhecido por sua eficácia anticárie, pode ser o responsável pelas reações adversas em indivíduos com sensibilidade específica. A agência reforça a orientação para que consumidores suspendam imediatamente o uso ao perceberem qualquer irritação e busquem atendimento médico se os sintomas persistirem.
Anvisa intensifica alertas e medidas de fiscalização
A agência emitiu alerta oficial para profissionais de saúde, recomendando atenção especial a possíveis reações bucais em pacientes que utilizaram o produto. Paralelamente, determinou que os fabricantes assegurem a inclusão de informações claras sobre riscos potenciais e instruções detalhadas de uso nas embalagens. Consumidores que apresentarem reações adversas devem registrar os casos no sistema e-Notivisa, canal específico da Anvisa para notificações deste tipo, que não serve para reclamações comerciais ou pedidos de reembolso.
Transparência e segurança como prioridades
O caso reacende o debate sobre a necessidade de maior rigor na avaliação de componentes de produtos de higiene pessoal de uso massivo. Enquanto as investigações técnicas seguem seu curso, autoridades e fabricantes reforçam o compromisso com a saúde pública, equilibrando a manutenção de produtos eficazes com a garantia de segurança para toda a população.