Publicado em: 29/04/2025
Perda auditiva em idosos: um problema silencioso e crescente
No Brasil, mais de 50% das pessoas acima de 60 anos sofrem com perda auditiva, segundo a OMS. Dados da USP (2020) revelam que 6,7 milhões de idosos já são afetados, número que tende a crescer com o envelhecimento populacional. A condição, muitas vezes negligenciada, impacta diretamente a comunicação, a independência e a saúde mental, podendo acelerar o declínio cognitivo e aumentar o risco de demência.
Sinais de alerta que familiares não devem ignorar
A fonoaudióloga Vanessa Gardini alerta que a perda auditiva surge gradualmente, com sintomas como: aumento do volume da TV, dificuldade em entender conversas (especialmente em ambientes barulhentos), sensação de que as palavras estão "emboladas" e cansaço após interações sociais. "Muitos idosos isolam-se para evitar frustrações, agravando quadros de depressão e ansiedade", explica. Familiares costumam notar os sinais primeiro e devem incentivar avaliações anuais.
Como proteger a audição e evitar complicações
Evitar exposição a ruídos intensos, controlar pressão arterial e adotar alimentação equilibrada são medidas preventivas. Para casos diagnosticados, aparelhos auditivos modernos restauram até 90% da capacidade de comunicação, segundo a especialista. "A tecnologia atual é discreta, adaptável e previne danos cognitivos", ressalta Gardini. A reabilitação auditiva, com acompanhamento fonoaudiológico, é crucial para uma adaptação eficaz.
Audição preservada, qualidade de vida garantida
Ignorar a perda auditiva não é apenas uma questão de desconforto: é um risco à saúde global. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, idosos mantêm autonomia, conexões sociais e reduzem o avanço de doenças neurodegenerativas. A mensagem é clara: cuidar da audição é cuidar da vida.