Pressão intracraniana: entenda a condição de Chico Buarque e os riscos envolvidos - Pagenews

Pressão intracraniana: entenda a condição de Chico Buarque e os riscos envolvidos

Publicado em: 04/06/2025

Pressão intracraniana: entenda a condição de Chico Buarque e os riscos envolvidos
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Pressão intracraniana: entenda a condição de Chico Buarque e os riscos envolvidos
O recente procedimento cirúrgico realizado em Chico Buarque para controlar sua pressão intracraniana trouxe à tona importantes questões sobre essa condição neurológica. Aos 80 anos, o artista submeteu-se a uma derivação ventrículo-peritoneal, cirurgia considerada de rotina, mas que revela os desafios do envelhecimento cerebral.


O equilíbrio delicado dentro do crânio
A pressão intracraniana resulta da interação entre o líquor (líquido cefalorraquidiano), o sangue e o tecido cerebral. Quando esse equilíbrio se rompe - seja por tumores, hemorragias ou dificuldades naturais de absorção do líquor, como no caso de Buarque - o cérebro sofre compressão com consequências potencialmente graves. A neurocirurgiã Vanessa Milanese explica que mesmo aumentos discretos, mas recorrentes, podem comprometer funções cognitivas e motoras.


Sinais de alerta que exigem atenção
Os sintomas variam desde dores de cabeça súbitas e intensas até problemas visuais, náuseas e alterações neurológicas mais complexas. Nas hidrocefalias de pressão normal, como a do cantor, destacam-se dificuldades de marcha, lentidão de raciocínio e incontinência urinária - sinais que muitas vezes são erroneamente atribuídos apenas ao envelhecimento. O diagnóstico preciso requer exames de imagem e, em alguns casos, punção lombar para análise do líquor.


Intervenções necessárias e limitações da prevenção
Embora medicamentos possam oferecer alívio temporário, a solução definitiva geralmente é cirúrgica. O procedimento realizado em Buarque, que envolve a implantação de um sistema de drenagem permanente, mostra-se eficaz, mas revela uma dura realidade: não há como prevenir completamente essas alterações, que fazem parte do processo natural de envelhecimento do sistema nervoso. O caso do artista serve como alerta sobre a importância do acompanhamento neurológico regular, especialmente após os 60 anos.

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