Câncer colorretal deve crescer 21% no Brasil em 15 anos, aponta estudo inédito

Fonte: Agência Brasil

São Paulo, SP-Um estudo inédito, divulgado pela Fundação do Câncer nesta quinta-feira (27), revela uma projeção preocupante: o número de casos de câncer colorretal no Brasil deve aumentar 21% nos próximos 15 anos. A pesquisa, realizada pela instituição que atua há 34 anos na área, alerta para a necessidade de medidas urgentes de prevenção e diagnóstico precoce.

Foco na terceira idade:

• A maior parte dos novos casos deve atingir pessoas com mais de 50 anos, faixa etária considerada de alto risco.


• A estimativa é que, em 2040, mais de 88% dos registros da doença estarão concentrados nesse grupo.

Causas do aumento:

• O crescimento dos casos pode ser atribuído ao envelhecimento da população, à adoção de hábitos pouco saudáveis e, principalmente, à dificuldade de acesso à colonoscopia, exame fundamental para a detecção do câncer colorretal.


• "A colonoscopia não é um exame simples e exige uma estrutura adequada, o que limita o acesso da população ao diagnóstico precoce", explica o epidemiologista Alfredo Scaff, coordenador do estudo.

Prevenção e diagnóstico:

• A colonoscopia é o exame mais eficaz para identificar o câncer colorretal, com recomendação de ser realizada a partir dos 50 anos, a cada 10 anos.


• O exame de sangue oculto nas fezes também é uma alternativa para o diagnóstico.


• A prevenção envolve o controle de fatores de risco como obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool e de carnes vermelhas ou processadas (linguiça, salsicha, bacon, presunto e defumados).

Alerta para o futuro:

• O estudo da Fundação do Câncer destaca a urgência de políticas públicas para ampliar o acesso à colonoscopia e conscientizar a população sobre a importância da prevenção.


• "É fundamental que o governo invista na estruturação de unidades de saúde e na capacitação de profissionais para realizar o exame, além de promover campanhas de conscientização sobre os fatores de risco e a importância do diagnóstico precoce", ressalta Scaff.