Remédios mais caros: aumento de até 3,8% impacta o bolso dos brasileiros

A partir de meados de abril, os consumidores brasileiros deverão sentir o peso no bolso com o aumento de até 3,8% nos preços dos medicamentos. O reajuste anual, definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), começa a valer em 1º de abril, mas as farmácias têm um prazo de cerca de dez dias para repassar os novos valores aos produtos.

O diretor do Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma), Maurício Filizola, explica que o aumento é resultado de uma negociação entre o governo e a indústria farmacêutica, e que as farmácias apenas repassam o reajuste, sem poder de definir o percentual.

Impacto no bolso do consumidor

Para muitos brasileiros, o aumento nos preços dos medicamentos representa um impacto significativo no orçamento familiar. É o caso de Ana Monteiro, que utiliza medicamentos de uso contínuo para controlar a pressão alta. "Já gasto metade do meu salário com remédios. Com esse aumento, vou ter que cortar outros gastos para não ficar sem a medicação", lamenta Ana.

Como economizar na compra de medicamentos

Para ajudar os consumidores a economizar na compra de medicamentos, o Sincofarma e o economista Ricardo Coimbra dão algumas dicas:

• Pesquise preços: Compare os preços dos medicamentos em diferentes farmácias e drogarias.


• Opte por genéricos: Os medicamentos genéricos têm o mesmo princípio ativo dos medicamentos de referência, mas custam menos.


• Aproveite programas de fidelidade: Muitas farmácias oferecem programas de fidelidade que dão descontos na compra de medicamentos.


• Compre em grandes redes: As grandes redes de farmácias costumam ter preços mais competitivos.


• Negocie descontos: Em algumas farmácias, é possível negociar descontos, principalmente na compra de medicamentos de uso contínuo.


• Verifique a validade: Compre medicamentos com a validade mais longa para evitar desperdícios.


• Participe de programas de desconto: Alguns laboratórios farmacêuticos oferecem programas de desconto para medicamentos de uso contínuo.

Canais de denúncia

Caso o consumidor encontre preços de medicamentos abusivos, ele pode denunciar nos seguintes locais:

• Procon: O Procon do seu estado é o órgão responsável por fiscalizar e proteger os direitos do consumidor. As denúncias podem ser feitas pessoalmente, por telefone ou pela internet.


• Anvisa: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também recebe denúncias de preços abusivos de medicamentos. As denúncias podem ser feitas pelo site da Anvisa.

Com essas dicas e informações, é possível economizar na compra de medicamentos e garantir o acesso à saúde sem comprometer o orçamento familiar.