Ceará em guerra contra o crime cibernético: 40 presos em operação histórica

Ceará em guerra contra o crime cibernético: 40 presos em operação histórica
A terceira fase da Operação Strike, deflagrada nesta quinta-feira (27), elevou para 40 o número de presos no Ceará por ataques a provedores de internet. Os alvos são grupos que sabotam infraestruturas para monopolizar o mercado, vendendo conexão ilegal a preços abusivos – prática que já causou prejuízos de R$ 18 milhões ao setor em 2023, segundo a Associação Brasileira de Provedores de Internet.

Operação Dynamus: armas, celulares e a escalada da violência
Na fase “Dynamus”, em Caridade, 8 suspeitos foram presos e 16 locais revistados, com apreensão de armas, munições e 32 celulares usados para coordenar ataques. Desde o início da operação, em 12 de junho, a Polícia Civil e a SSPDS desmantelaram redes que incendiavam torres e ameaçavam técnicos, paralisando serviços essenciais para 300 mil pessoas em áreas vulneráveis.

Crime organizado vs. desenvolvimento social
Roberto Sá, secretário da SSPDS, alerta: “Cada ataque aprofunda a exclusão digital”. Dados do IBGE revelam que 25% dos cearenses ainda não têm acesso à internet regular – lacuna explorada por criminosos. A ilegalidade não só compromete a economia local, mas impede acesso a educação remota e serviços públicos, agravando desigualdades.

Combate sem trégua e o apelo à população
“Nenhum ataque ficará sem resposta”, reforçou Sá, destacando o Disque-Denúncia 181 como ferramenta crucial. Enquanto as prisões avançam, especialistas pedem investimento em infraestrutura segura: apenas 40% dos provedores do estado possuem sistemas antifraude, segundo a Anatel. A operação é um raio de esperança, mas a guerra pela conectividade legal está só começando.