Justiça Absolve 4 Acusados de Formar Grupo de Extermínio em Fortaleza

Justiça Absolve 4 Acusados de Formar Grupo de Extermínio em Fortaleza

Após quase 20 anos de investigação, quatro homens acusados de integrar um grupo de extermínio que atuava em Fortaleza foram absolvidos pela Justiça. A decisão dos jurados populares inocentou os réus da acusação de envolvimento na morte do empresário Carlos dos Santos Marques, dono de uma madeireira.

Quem eram os acusados?

• Sílvio Pereira do Vale, conhecido como 'Pé de Pato'


• Rogério do Carmo Abreu, o 'Cara de Boi'


• Pedro Cláudio Duarte Pena, o 'Cabo Pena' (ex-policial militar)


• Paulo César Lima de Souza, o 'Paulão'

O julgamento:

• O julgamento ocorreu na última sexta-feira (28).


• O próprio Ministério Público do Ceará (MPCE) pediu a absolvição dos acusados, alegando falta de provas concretas.


• O advogado de defesa de Paulo César, Erlon Moura, afirmou que "ao longo de 20 anos não foi possível provar nada na instrução processual. Em plenário ficou bem explicado que os acusados não participaram do delito".


• "As provas eram frágeis e uma investigação direcionada a quatro homicídios. Escutas telefônicas feitas anos depois dos delitos" disse o advogado Erlon Moura.

O caso:

• A investigação apurou que o grupo de extermínio teria sido formado após o rompimento da sociedade entre Carlos dos Santos e Firmino Teles de Menezes, condenado anteriormente como mandante do crime.


• Outras vítimas do grupo seriam ex-funcionários da madeireira que testemunharam a favor de Carlos.


• A "Operação Companhia do Extermínio", deflagrada em 2008, investigou uma série de crimes relacionados ocorridos em bairros de Fortaleza.


• As investigações apontaram que o primeiro assassinato do grupo foi em 2004, e a vitima foi Francisco Tomé Filho.


• Em 2005 ocorreu o assassinato de Carlos dos Santos e em 2006 Gilberto Soares Duarte.

Julgamentos anteriores:

• Em 2012, Sílvio 'Pé de Pato' foi condenado a 14 anos de prisão pela morte de Lenimberg Rocha Clarindo.


• Em 2023 houve o julgamento pela morte de Gilberto, onde Sílvio Pereira e Rogério do Carmo foram condenados a 16 anos e quatro meses de prisão, cada, e Paulo César foi absolvido.