Petroleiros Aprovam Greve de 24 Horas: Teletrabalho e Reivindicações Trabalhistas no Centro da Disputa

Os funcionários da Petrobras aprovaram, em assembleias realizadas nesta segunda-feira (25), uma greve de advertência com duração de 24 horas, marcada para o dia 26 de março. A decisão, divulgada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), é uma resposta à insatisfação da categoria em relação a diversas questões trabalhistas, com destaque para a política de teletrabalho adotada pela empresa.

Reivindicações da Categoria

• Teletrabalho: A principal reivindicação dos petroleiros é a defesa do teletrabalho com regramento negociado coletivamente. A gestão atual da Petrobras prevê o aumento do regime presencial de dois para três dias por semana a partir de 7 de abril, sem acordo com os sindicatos.


• Remuneração Variável: A categoria também se opõe à redução da remuneração variável dos trabalhadores.


• Efetivo e Segurança: Os petroleiros exigem a recomposição dos efetivos e a garantia de segurança em todo o Sistema Petrobras, nas prestadoras de serviço e durante o período de manutenção.

Impacto da Greve

A Petrobras, que possui 53 plataformas de exploração e produção, 13 refinarias, 36 terminais e 66,3 mil funcionários em todo o Brasil, costuma acionar equipes de contingência durante movimentos grevistas, o que minimiza os impactos nas operações, especialmente em paralisações de curta duração. No entanto, a greve de 24 horas representa um alerta da categoria sobre a insatisfação com a atual gestão da empresa.

Possível Impacto nos Preços dos Combustíveis

Embora a greve de 24 horas tenha um impacto limitado nas operações da Petrobras, a paralisação em refinarias e terminais pode gerar atrasos na distribuição de combustíveis, o que poderia levar a um aumento nos preços dos combustíveis nos postos de gasolina. No entanto, a Petrobras garante que as equipes de contingência estão preparadas para garantir o abastecimento normal durante a greve.