Publicado em: 12/05/2025
Geração Z redefine prioridades no mercado de trabalho
Um estudo do Infojobs com 1.003 jovens revela que a Geração Z (nascidos entre 1996 e 2010) está rompendo estereótipos: apenas 3,6% demonstram interesse em ser influenciadores digitais. Em contraste, 34,5% preferem tecnologia, 23,1% saúde e bem-estar, e 18,8% empreendedorismo. A pesquisa desmistifica a visão de que esses jovens buscam apenas fama nas redes sociais.
Propósito acima de tudo
Para 70% dos entrevistados, salário e estabilidade financeira são prioritários, mas não isolados. Equilíbrio vida-trabalho (49,4%) e oportunidades de crescimento (48,2%) aparecem como condições essenciais. "Eles pesquisam profundamente as empresas antes de se comprometerem, buscando alinhamento com seus valores", explica Ana Paula Prado, CEO do Infojobs. Dados alarmantes mostram que 71,6% abandonariam um emprego por cultura organizacional tóxica.
Flexibilidade e bem-estar não são negociáveis
A pesquisa revela demandas inegociáveis para essa geração: 56,2% exigem trabalho remoto ou horários flexíveis, 50,7% buscam benefícios diferenciados, e 41,6% priorizam saúde mental. O estudo ainda aponta que 60,3% estão desempregados - entre os empregados (39,5%), 65,1% planejam mudar de área na próxima década, evidenciando uma crise de engajamento.
Um alerta para o mercado
"Subestimar essa geração é um erro estratégico", adverte Prado. Com 71,6% dispostos a sair de ambientes tóxicos e 45,2% que não toleram falta de reconhecimento, empresas precisam se adaptar. Esta geração está reinventando o conceito de carreira: não como sacrifício, mas como parte de um projeto de vida equilibrado e significativo. Os dados mostram que o modelo tradicional de trabalho está com os dias contados.