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Publicado em: 22/04/2025
Informações: VaticanNews
"Acha que eu consigo?", questionou o Papa Francisco a Massimiliano Strappetti, seu enfermeiro dedicado, naquele último domingo de Páscoa (20). A frase, ecoada pelo Vatican News, revela a fragilidade e, ao mesmo tempo, a profunda vontade do pontífice de se conectar com os fiéis na Praça São Pedro, um gesto de despedida que emocionou o mundo.
O encontro derradeiro ocorreu após a tradicional bênção "urbi et orbi". Incentivado por Strappetti, Francisco subiu no papamóvel pela primeira vez desde sua recente internação de cinco semanas. Emocionado, percorreu a praça por quase 15 minutos, abençoando e sendo ovacionado por uma multidão de cerca de 35 mil pessoas.
Após o contato caloroso com os fiéis, o pontífice argentino descansou em sua residência, a Casa Santa Marta, no Vaticano. Contudo, na madrugada de segunda-feira (21), por volta das 5h30 no horário local, os primeiros sinais de mal-estar surgiram. Uma hora depois, em um gesto de adeus final, acenou para Strappetti e entrou em coma, vindo a falecer às 7h35.
O Vatican News descreveu a morte como "discreta, quase repentina", sem sofrimento, para um papa que sempre prezou pela discrição em relação à sua saúde. Aos 88 anos, Francisco nos deixou um dia após celebrar a Páscoa com o povo, marcando um contraste entre a vitalidade de seu último encontro público e a rapidez de sua partida.
Apesar de uma internação por pneumonia no início do ano, Francisco havia retornado ao Vaticano há quase um mês e demonstrava sinais de recuperação. Sua dedicação incansável ao trabalho e à fé o levou a desafiar o conselho médico de repouso, refletindo um pontificado marcado pela proximidade com os fiéis e pela entrega à sua missão.
O funeral do Papa Francisco será realizado no sábado (26), reunindo líderes mundiais e uma multidão de fiéis para o último adeus. Em seguida, o Vaticano se prepara para o conclave que elegerá seu sucessor, encerrando um capítulo marcante na história da Igreja Católica.