Publicado em: 15/04/2025
A febre oropouche, transmitida pela picada do mosquito maruim, antes restrita ao Maciço de Baturité, acende o sinal de alerta em outras regiões do Ceará. Em 2025, a doença já infectou mais de 300 pessoas, um número superior ao total de casos registrados em todo o ano passado. A capital, Fortaleza, confirmou seu primeiro caso, classificado como "importado", assim como os registros em Maracanaú e Quixadá, indicando que os pacientes contraíram o vírus após passagem por Baturité, epicentro da doença.
O aumento expressivo de casos neste ano, com mais de 80 novas confirmações apenas na primeira semana de abril, é atribuído à chegada do vírus em áreas urbanas de Baturité, onde a proximidade de rios e plantações favorece a proliferação do mosquito transmissor. O secretário de Saúde do estado, dr. Tanta, explica que a circulação de pessoas infectadas em áreas com presença do maruim facilitou a disseminação da doença.
Embora a Grande Fortaleza possua áreas com o mosquito maruim, o risco de transmissão em larga escala é considerado baixo, pois esses locais não estão diretamente ligados a residências ou plantações que intensificam a proliferação do vetor. A Secretaria de Saúde intensificou ações de prevenção e orienta a população sobre os sintomas da oropouche, que se assemelham aos da dengue (febre, dor de cabeça intensa, dor no corpo), e sobre as formas de evitar a picada do mosquito, como o uso de repelentes e roupas que cubram o corpo. A principal preocupação no momento são os casos em gestantes, com três confirmações e três em investigação, após o registro de um óbito fetal associado à doença em 2024.