Governo do Ceará investe R$ 24,2 milhões em cartão fardamento para militares

Governo do Ceará investe R$ 24,2 milhões em cartão fardamento para militares em meio a desafios na segurança pública
Fortaleza, 24 de junho de 2024

Em um cenário nacional marcado por discussões sobre condições de trabalho e investimentos em segurança pública, o Ceará deu um passo relevante para mitigar desafios históricos enfrentados por suas forças de segurança. Nesta segunda-feira (24), 23.527 militares — incluindo policiais e bombeiros — começaram a receber o Cartão Fardamento, com um crédito anual individual de R$1.003,39\ast \ast ,totalizandouminvestimentode\ast \ast R$ 24.219.827,82 por parte do Governo do Estado.

A cerimônia de lançamento, realizada no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), em Fortaleza, destacou a urgência de políticas que aliviem custos historicamente suportados pelos profissionais. O governador Elmano de Freitas ressaltou: “Não é justo que aqueles que protegem a população precisem gastar recursos próprios para manter seus uniformes, itens essenciais à atividade. Estamos corrigindo uma distorção e garantindo dignidade”.

Dados atuais reforçam o impacto da medida:

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  21.889 policiais militares serão beneficiados, com aporte de R$ 22,57 milhões;

  
  


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  1.638 bombeiros militares receberão R$ 1,64 milhão;

  
  


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  O valor individual anual (R$ 1.003,39) permitirá a compra de uniformes em estabelecimentos credenciados, eliminando burocracias.

  
  

Roberto Sá, secretário da Segurança Pública, contextualizou a ação como uma reparação simbólica: “Por décadas, militares custearam suas próprias fardas, o que pesa no orçamento de quem já enfrenta riscos diários. Essa iniciativa não é apenas financeira — é um reconhecimento de seu valor para a sociedade”.

A medida surge em um momento crítico: segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2023), o Ceará registra taxa de 31,4 homicídios por 100 mil habitantes, acima da média nacional, o que reforça a necessidade de valorização das forças de segurança. Ao aliviar custos operacionais e elevar a autoestima dos profissionais, o governo busca não apenas melhorar condições de trabalho, mas também fortalecer a eficiência de um setor vital para a população.

A iniciativa, ainda que pontual, sinaliza um esforço para combater desafios estruturais, equilibrando responsabilidade fiscal com prioridades sociais — um exemplo de como políticas públicas podem transformar realidades críticas em passos concretos rumo à equidade.