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Guaramiranga: Criação de novo órgão ambiental gera debates

Publicado em: 31/03/2025

Guaramiranga: Criação de novo órgão ambiental gera debates
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Criação de órgão ambiental em Guaramiranga gera debate sobre gestão e riscos


A aprovação do Projeto de Lei nº 05/2025 pela Câmara Municipal de Guaramiranga, em 20 de março, estabelece a Autarquia do Meio Ambiente de Guaramiranga. A nova autarquia assumirá as responsabilidades de licenciamento de obras e fiscalização ambiental, anteriormente sob a jurisdição do estado.


Principais pontos de discussão:



  • Autonomia municipal vs. fiscalização:

    • O projeto de lei, proposto pela prefeita Ynara Mota, visa transferir a gestão ambiental para o município.

    • Especialistas e moradores expressam preocupação com a falta de detalhes técnicos e de transparência no processo.

    • Há questionamentos sobre a capacidade da autarquia local de cumprir os requisitos mínimos estabelecidos pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema).



  • Impacto no Maciço de Baturité:

    • A região do Maciço de Baturité, onde Guaramiranga está localizada, é uma área de Mata Atlântica com significativa preservação, mas sob crescente pressão da especulação imobiliária e do turismo.

    • A população e ambientalistas temem que a nova autarquia possa acelerar o desmatamento e a aprovação de grandes empreendimentos, aumentando os riscos ambientais.

    • O ceará é um estado que tem um histórico de desastres naturais, e a preocupação é que com a nova autarquia esses desastres possam aumentar.



  • Insegurança jurídica e participação popular:

    • O projeto de lei é criticado por não especificar a composição da equipe de fiscalização, o orçamento ou o alinhamento com o Plano Diretor Participativo.

    • A ausência de detalhes sobre a participação social e os critérios técnicos gera insegurança jurídica.

    • Organizações locais e moradores organizam resistência, com abaixo-assinados e exigência de audiências públicas.



  • Próximos passos:

    • A lei aguarda sanção da prefeita.

    • Organizações como a Amam buscam recursos legais para ajustes no projeto.

    • O debate levanta questões sobre a descentralização da gestão ambiental no Brasil.



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