Publicado em: 29/04/2025
Ibaretama e Quixadá, Ceará – A morte de José Haroldo de Oliveira, um idoso de 72 anos sepultado no cemitério municipal de Ibaretama, no interior do Ceará, ganhou um novo e intrigante capítulo. A Justiça determinou a exumação de seu corpo, atendendo ao pedido da família que levanta sérias suspeitas de negligência e possível erro médico durante o atendimento prestado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Quixadá.
O caso remonta a 12 de outubro de 2023, quando o idoso sofreu uma queda no banheiro de sua residência, localizada no bairro Baviera, em Quixadá. Segundo relatos emocionados de seus familiares, José Haroldo foi levado à UPA ainda consciente, mas seu estado de saúde se deteriorou rapidamente ao chegar à unidade, necessitando de imediato encaminhamento para a sala vermelha – área destinada a pacientes em estado crítico. Pouco tempo depois, a família recebeu a notícia devastadora: José Haroldo havia falecido.
A dor da perda se misturou à desconfiança com as informações fornecidas pela equipe médica. Rafael Barros, filho do idoso, relata que o médico plantonista não especificou a causa da morte no prontuário, um fato que gerou estranheza e alimentou as dúvidas entre os familiares. Rafael afirma ainda que, em conversas posteriores, o mesmo profissional teria negado ter sido informado sobre a queda sofrida por seu pai – uma versão veementemente contestada pela família, que garante ter relatado o acidente desde o primeiro atendimento. Diante das inconsistências e da persistente dúvida sobre a conduta médica, os familiares não hesitaram em buscar o amparo da Justiça. O resultado foi a autorização para a exumação do corpo de José Haroldo, um procedimento delicado e carregado de significado para a família enlutada. A exumação foi realizada recentemente, e os restos mortais do idoso foram cuidadosamente encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Fortaleza.
No IML, peritos especializados realizarão exames minuciosos, buscando esclarecer as reais circunstâncias da morte de José Haroldo de Oliveira. Os laudos periciais deverão ser cruciais para determinar se houve falha no atendimento médico prestado na UPA de Quixadá e se essa possível negligência contribuiu para o trágico desfecho.
A família agora vive a dolorosa espera pelos resultados da perícia, depositando suas esperanças na ciência forense para trazer luz a essa história de perda e incerteza. O caso segue sob apuração judicial, e a busca por justiça para José Haroldo e sua família continua em Ibaretama e Quixadá.