Publicado em: 01/04/2025
Rio de Janeiro, RJ- Em um caso que intriga autoridades e médicos do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, em Bangu, Rio de Janeiro, a gestante Kathelen Tavares busca respostas para o desaparecimento de um de seus bebês gêmeos. Após um pré-natal com laudos e exames que confirmavam a gravidez gemelar, Kathelen deu à luz a apenas um bebê, gerando uma onda de questionamentos e angústia.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, alega que houve um erro no primeiro ultrassom, realizado na Clínica da Família em Realengo, que teria confundido o saco gestacional e os batimentos cardíacos dos bebês. No entanto, a mãe questiona como os exames seguintes, incluindo um realizado no dia anterior ao parto, no próprio Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, também indicavam a presença de gêmeos.
A angústia de Kathelen se intensifica ao lembrar do momento do parto, no Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, quando foi orientada a separar roupas para dois bebês, mas recebeu apenas um nos braços. A falta de explicações e a documentação hospitalar que confirma a gestação gemelar aumentam a sensação de mistério e desamparo.
Diante da situação, Kathelen busca justiça e respostas para o que aconteceu com seu outro bebê. Além do trauma emocional, a mãe enfrenta questionamentos sobre sua sanidade mental, levantando debates sobre os possíveis danos psicológicos causados pelo erro médico.
A família de Kathelen registrou o caso na 34ª DP (Bangu), que investiga o caso e solicitou documentos da unidade hospitalar e imagens de câmeras de segurança do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro. O diretor do hospital foi intimado a depor, e Kathelen será ouvida novamente.
Especialistas em direito médico afirmam que Kathelen pode entrar com uma ação judicial contra o hospital e os profissionais de saúde envolvidos, buscando reparação pelos danos físicos e psicológicos sofridos. O caso levanta debates sobre a responsabilidade médica e a necessidade de protocolos mais rigorosos para evitar erros em diagnósticos de gravidez gemelar.