Publicado em: 11/09/2025
Um decreto governamental que baniu 26 das maiores redes sociais do país, incluindo gigantes como Instagram, X, Facebook e YouTube, desencadeou uma onda de protestos massivos por todo o território. O governo justificou a medida alegando que as plataformas não estariam em conformidade com novas e rigorosas regulamentações estatais, focadas em controle de dados e conteúdo. No entanto, críticos e ativistas de direitos digitais veem o banimento como uma manobra para silenciar a oposição e restringir a liberdade de expressão.
O banimento atingiu uma vasta gama de plataformas, cortando o acesso a ferramentas essenciais de comunicação, comércio e entretenimento para milhões de pessoas. O impacto foi imediato. Pequenos negócios que dependiam do Instagram e do Facebook para vendas e marketing foram os primeiros a sentir o golpe. Artistas e criadores de conteúdo que usavam o YouTube e o TikTok para divulgar seu trabalho ficaram sem uma fonte de renda e uma forma de se conectar com seu público. A população em geral perdeu um de seus principais meios de se comunicar, seja com amigos e familiares via WhatsApp e Messenger, ou para acompanhar notícias e eventos em tempo real.
A proibição não se limitou às redes sociais mais populares. A lista divulgada pelo governo inclui LinkedIn, Snapchat, Reddit, Discord, Pinterest, Signal, Threads, WeChat, Quora, Tumblr, Clubhouse, Mastodon, Rumble, VK, Line, IMO, Zalo, Soul, Hamro Patro e BeReal. A abrangência do bloqueio sugere um movimento coordenado para eliminar qualquer espaço online não controlado pelo Estado, o que intensificou o sentimento de revolta.
A resposta da sociedade foi rápida e contundente. Milhares de pessoas saíram às ruas em diversas cidades para protestar contra a medida, que consideram uma afronta aos direitos civis. Cartazes com slogans como "Nossas vozes não serão silenciadas" e "Conectividade é um direito" se tornaram comuns. Ativistas e jornalistas independentes que usavam essas plataformas para reportar sobre questões delicadas foram forçados a se adaptar rapidamente, buscando alternativas menos conhecidas para continuar seu trabalho.
A questão do VPN (Rede Privada Virtual) emergiu como um ponto central de debate e resistência. Muitos cidadãos, especialmente os mais jovens e tecnicamente proficientes, começaram a usar VPNs para contornar o bloqueio e acessar as redes sociais banidas. No entanto, o governo tem tomado medidas para dificultar o uso dessas ferramentas, gerando um jogo de gato e rato entre a população e o Estado. A situação atual levanta sérias preocupações sobre o futuro da internet e da liberdade de informação no país.