Valorização de 20% em 2025: Ouro é o Novo Queridinho, Entenda o Porquê (e Para Quem)! - Pagenews

Valorização de 20% em 2025: Ouro é o Novo Queridinho, Entenda o Porquê (e Para Quem)!

Publicado em: 23/05/2025

Valorização de 20% em 2025: Ouro é o Novo Queridinho, Entenda o Porquê (e Para Quem)!
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Redação: PageNews


Fortaleza, CE – Em um cenário global de incertezas e alta volatilidade, o ouro voltou a brilhar nos portfólios dos investidores. O metal precioso, historicamente reconhecido como uma "reserva de valor", tem atraído a atenção por sua capacidade de manter o poder de compra em momentos de crise, mas especialistas alertam: apesar da valorização expressiva, ele não é para todo tipo de investidor.




O Brilho do Ouro em Meio à Turbulência


Em 2025, o ouro demonstrou sua força como porto seguro. O metal iniciou o ano cotado a US$ 2.669,00 por onça-troy e, até a última segunda-feira (20 de maio), já superava os US$ 3.200, registrando uma valorização de 20% no ano. Essa ascensão é impulsionada por tensões geopolíticas, disputas comerciais e incertezas no cenário econômico doméstico. A característica de "reserva de valor" do ouro o torna atraente. Isso significa que, mesmo em tempos de desvalorização de moedas ou inflação, o metal tende a preservar seu valor, protegendo o patrimônio do investidor.




Ouro Milionário: O Marco Histórico do Ano Passado


A valorização do ouro ganhou destaque especial no ano passado. Em um marco histórico, uma barra de ouro chegou a valer US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,4 milhões) pela primeira vez, conforme noticiado pela Bloomberg. Esse feito foi alcançado na última sexta-feira, 16 de agosto de 2024, quando cada onça-troy atingiu o patamar de US$ 2.500 (aproximadamente R$ 13.635) na negociação à vista do metal no mercado norte-americano. É importante ressaltar que o valor do ouro é calculado pela medida chamada "onça-troy". Considerando que uma barra padrão de ouro pesa aproximadamente 400 onças, o valor de US$ 1 milhão foi atingido quando a onça-troy chegou aos US$ 2.500. A reportagem, no entanto, aponta que o peso da barra pode variar, com algumas pesando 350 onças e outras 430, o que pode influenciar o valor final da barra.




Quem Deve e Quem Não Deve Investir?


Apesar do desempenho recente e dos marcos históricos, a decisão de incluir ouro na carteira exige cautela e um perfil de investidor específico. O ouro é recomendado principalmente para diversificação de carteira, atuando como um "hedge" (proteção) contra a volatilidade de outros ativos, como ações. Ele tende a se valorizar quando mercados globais são atingidos por crises ou quando há instabilidade.


Contudo, o ouro não é um ativo que gera renda passiva (como dividendos de ações ou aluguéis de imóveis) e sua valorização depende exclusivamente da apreciação do preço no mercado. Além disso, embora seja visto como estável a longo prazo, o ouro pode apresentar volatilidade no curto prazo, exigindo acompanhamento e estratégia por parte do investidor.


Para investidores mais conservadores ou aqueles que buscam fluxos de caixa mensais, o ouro pode não ser a melhor opção. Já para quem possui uma carteira diversificada e busca proteção contra cenários de incerteza e inflação, uma alocação estratégica em ouro pode ser benéfica.




Onde Está o Ouro no Brasil?


No Brasil, a produção de ouro se concentra em algumas regiões-chave. Historicamente, o Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, é uma das áreas mais importantes, onde o ouro é muitas vezes extraído como subproduto do minério de ferro. Outra região de grande destaque é a Província Mineral de Carajás, no sul do Pará, que abriga importantes jazidas e minas de ouro. O Pará, inclusive, é um dos estados com maior produção de ouro atualmente.


Além dessas, outras regiões com produção relevante incluem a Bahia (regiões de Itapicuru e Jacobina) e Goiás (Crixás). Depósitos aluvionares, comuns em regiões como o Rio Tapajós (Pará) e Peixoto de Azevedo (Mato Grosso), também contribuem para a produção, muitas vezes por meio de garimpos.


A exploração e o beneficiamento do ouro no Brasil, embora economicamente importantes, também trazem desafios relacionados a impactos ambientais, como desmatamento e contaminação de rios, e sociais, como a questão do garimpo ilegal.




Como Investir em Ouro?


As formas de investir em ouro vão além da compra física. É possível ter exposição ao metal por meio de:



  • ETFs (Exchange Traded Funds): Fundos negociados em bolsa que replicam o preço do ouro, como o GOLD11 na B3. Essa é uma opção mais acessível e com boa liquidez.

  • Fundos de Investimento: Fundos multimercado que investem em ativos ligados ao ouro, com gestão profissional.

  • Contratos Futuros: Negociados na bolsa, permitem especular sobre a variação do preço do ouro.


Independentemente da modalidade, o importante é que o investimento em ouro seja parte de uma estratégia bem definida de diversificação, e não uma aposta única. A análise do cenário econômico global e o entendimento do próprio perfil de risco são cruciais antes de alocar recursos nesse metal precioso.

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